Etapa 5: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA
MATERIAL DE APOIO
Os arquivos de imagens podem ser vetoriais ou bitmaps.
Trabalhos em sistema de arquivo aberto:
Trabalhos em sistema de arquivo fechado:
Pré-impressão
Processos de impressão
A separação de cores só é possível por meio do fotolito no meio analógico, confecção automatizada da fôrma de impressão (CTP) ou via impressão digital. Existem diversos tipos de retículas utilizadas pelas gráficas. Quanto maior o nível tecnológico da gráfica com o uso de CTP e impressoras automatizadas, melhor será o seu uso.
A retícula será gravada numa fôrma de impressão. A fôrma é a imagem dos conteúdos a serem impressos (textos, imagens, gráficos, fotos), normalmente constituída de chapa, material polímero. Em geral, a fôrma é entintada com as cores CMYK.
SISTEMAS DE IMPRESSÃO
Depois desse período, a tipografia passou a se desenvolver, até se tornar o principal processo de impressão no mundo. Entretanto, com o avanço da litografia (offset) e outros processos, como a encavografia (rotogravura), pouco a pouco a tipografia foi perdendo lugar.
Serigrafia
Tampografia
Características do processo de impressão em tampografia:
Offset
Rotogravura
Flexografia
Impressão digital
Formatos-padrão de papéis (folha inteira):
Principais características dos papéis
Encadernação
Os grupos devem entrar em contato com bureaus de impressão ou gráficas para agendamento de visita técnica. O objetivo é conhecer na prática o que a teoria nos apresenta sobre sistemas de impressão, pré-impressão e tecnologias de automação, dados variáveis, personalização etc.
Cada grupo deve produzir um vídeo da visitação, abordando uma das temáticas que foram conhecidas na prática.
Observação: O vídeo deve ter entre 4 e 5 minutos e ao menos um dos integrantes do grupo deve aparecer no vídeo.
Desafio:
- Só ganha acesso à Etapa 6 o grupo que postar o vídeo no YouTube e inserir o link no blog do grupo.
- Todos os integrantes do grupo devem comentar os vídeos dos outros grupos para conseguir uma medalha.
Pontuação da etapa:
- Elaboração do vídeo, de 4 a 5 minutos: 1500
- Elaboração do vídeo, com menos de 4 minutos: 600
- Elaboração do vídeo, com mais de 5 minutos: 600
- Postagem no YouTube: 1500
- Postagem no blog do grupo: 1500
- Comentário dos integrantes dos grupos nas postagens dos vídeos nos blogs dos outros grupos: MEDALHA
Leiam o material de apoio que será a base para o aprofundamento de nossos estudos.
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Entende-se por processos gráficos a fase de reprodução (ver fases do projeto gráfico - Etapa 2) de todo material impresso criado pelo diretor de arte e aprovado pelo cliente, no que diz respeito ao conceito de planejamento visual. Antes de iniciar essa fase, o profissional de arte-final da agência, devidamente orientado pelo diretor de arte e produtor gráfico, atribui todas as técnicas necessárias para a produção gráfica.
Finalização de arquivos para a mídia impressa
Veja a seguir os itens de ordem técnica a serem considerados:
Imagens em alta resolução
A nomenclatura utilizada para resolução de imagens é DPI, do inglês dots per inch (pontos por polegada). Para a mídia eletrônica, basta utilizar a resolução que será apresentada na tela da TV ou computador. Quanto menor o arquivo, mais rápida será a sua aparição total. Geralmente, se fala de 72 DPI.
Para a mídia impressa, a resolução deve ser maior. Quando se fala em alta resolução, basta digitalizar ou capturar a imagem em 300 DPI. Outra variável deve ser considerada: o tamanho da foto determinada no planejamento visual. Como visto anteriormente, o diretor de arte, após a aprovação do cliente, constrói um briefing para o fotógrafo, para que o arte-finalista não precise aumentar ou diminuir a fotografia digital diretamente no arquivo. Cabe ao fotógrafo capturar em 300 DPI com uma porcentagem mínima de erro no tamanho da foto.
Existem basicamente três maneiras de se obterem imagens. Por meio das câmeras analógicas, que depois devem ser digitalizadas em escâneres profissionais; por meio das câmeras digitais profissionais (não se trata de fotografia amadora ou doméstica) e de banco de imagens, cuja compra pode ser efetuada pela Internet, já na resolução necessária. A fotografia analógica, com o uso de filmes e cromos diapositivos, já tem o seu uso escasso, devido às altas tecnologias de câmeras digitais e sua agilidade no uso.
Tratamento de imagens
Nesta etapa, o arte-finalista e o produtor gráfico devem considerar parâmetros do sistema de impressão e acabamento, além das características das tintas e papéis que serão utilizados na gráfica. O tratamento de imagens executado nesse momento é muito importante, pois deve respeitar tudo o que foi planejado pelo diretor de arte que, em alguns casos, pede para verificar a prova digital. Caso haja mudanças de cores resultantes do errôneo tratamento de imagens, a campanha ou a marca pode estar comprometida.
Também nessa etapa são executados os retoques e as correções de cores. O responsável pelo tratamento de imagens deve ter amplo conhecimento da área. Ele deve corrigir falhas de fotografia, como o uso inadequado de iluminação, além das impurezas e defeitos da imagem. É muito comum dizer que nessa fase são retiradas as rugas de modelos famosos. O programa Adobe Photoshop permite muitos recursos e até mesmo juntar duas ou mais fotos. O diretor de arte sempre está atento ao resultado dessa etapa.
Adequação dos formatos de arquivos
Existem três tipos de arquivos usados para a mídia impressa:
- Arquivos de imagem;
- Arquivos abertos;
- Arquivos fechados.
Os arquivos de imagens podem ser vetoriais ou bitmaps.
Imagens vetoriais: EPS. São utilizadas para ilustrações e podem ser ampliadas ou reduzidas sem perder resolução.
Imagens bitmap: EPS, TIF, JPG. São utilizadas para imagens e tem a resolução predefinida pelas dimensões horizontal e vertical. Qualquer alteração de tamanho pelo programa de editoração eletrônica terá distorções denominadas interpolações.
Para saber mais sobre interpolação, procure ler o artigo do fotógrafo Gilson Lorenti que está dividido em três partes (Parte 1 - Parte 2 - Parte 3)
Trabalhos em sistema de arquivo aberto:
- Arquivos nativos dos programas criadores.
- Podem ser editados.
- Têm como extensão: CDR, AI, QXD, INDD, PSD.
- Para impressão, é necessário enviar arquivos de imagens e de fontes num mesmo “pacote”.
- Responsabilidade do fornecedor (gráfica) caso haja algum erro de arquivo.
- É mais caro, pois o fornecedor tem de manipular o arquivo e fechá-lo.
Trabalhos em sistema de arquivo fechado:
- Arquivos únicos, não precisam de fontes ou imagens separadas.
- PostScript ou PDF.
- Não podem ser editados (com exceção do PDF).
- São gerados a partir de arquivos abertos.
- Responsabilidade do criador do arquivo.
- É mais barato.
Pré-impressão
Softwares gráficos
Além dos softwares de editoração eletrônica como Adobe InDesign, Adobe Photoshop, Adobe Illustrator e CorelDraw, muito utilizados no mercado gráfico e de agências de comunicação, existem outros que têm como finalidade automatizar tarefas de pré-impressão. São comuns nessa indústria softwares de conferência técnica chamados de pre flight. Esses softwares são utilizados para apontar e corrigir determinados erros da construção do arquivo, como troca de fontes, problemas com cores, resolução, incompatibilidade entre versões de programas, entre outros.
Veja os principais softwares de mercado e seus usos:
Programas de tratamento de imagens: o Photoshop é o mais conhecido programa para tratamento e correções de imagens disponível no mercado. Algumas gráficas utilizam sistemas próprios e fechados, que têm alto valor de investimento e, muitas vezes, inviabilizam os custos.
Programas de imagens vetoriais: nesse caso, se destacam o CorelDraw – usado principalmente em pequenos estúdios ou agências – e o Adobe Illustrator, utilizado pelas principais agências do país e do mundo.
Programas de paginação: geralmente usados na montagem e diagramação das páginas. É nesse tipo de programa que diretores de arte e arte-finalistas finalizam o material a ser apresentado para o cliente ou enviado para a gráfica. Fazem parte dessa classificação programas como Adobe InDesign e QuarkXPress.
Programas de verificação: também conhecidos por pre flight, são ferramentas que o setor de pré-impressão da gráfica tem para verificar possíveis erros de fontes, cores, imagens e arte-final. Em alguns casos, é possível corrigi-los. Em outros, a gráfica aponta os erros para a agência, para que ela possa solucioná-los e reenviar o material.
Fluxos de trabalho na pré-impressão:
Pré-impressão baseada em fotolitos:
O fluxo representado baseia-se no uso de fotolitos ou filmes. Trata-se de um fluxo no qual algumas fases podem ser realizadas de forma digital, tais como provas e montagem de páginas, mas que exige o uso de químicos e processos convencionais. O fotolito é a separação das cores, realizada fotograficamente. Quando um trabalho tem quatro cores CMYK, são necessários quatro filmes de impressão. O acréscimo de uma cor especial também acresce um filme no processo e, por isso, o torna mais caro. Para se aprofundar sobre a teoria das cores, visite a Etapa 3.
Atualmente, as gráficas substituíram o uso de fotolitos por novas tecnologias denominadas Computer To Plate (do computador para a chapa). O nome comum para essa tecnologia é CTP.
A tecnologia CTP elimina diversas etapas de produção e permite a gravação de chapas diretamente do computador. A chapa é uma matriz utilizada na impressão offset que tem a função de receber a imagem, carregá-la de tinta e passar para o substrato de impressão, que pode ser papel, plástico, tecido, papelão, entre outros.
Esse fluxo é utilizado pela maioria das gráficas no Brasil e no mundo e tem a vantagem de diminuir as etapas de produção, aumentar a qualidade e reduzir o impacto ambiental, por não ter o uso de químicos em alguns tipos de chapas.
Existem outras tecnologias que não utilizam nenhuma matriz de impressão, como é o caso da impressão digital.
Veja o fluxo completo do material gráfico. Basicamente, existem três divisões:
- O negócio (business) geralmente contratado pelo produtor gráfico e orçado pela gráfica;
- O processo (process) avaliado pela gráfica; nesta etapa, a gráfica recebe os arquivos do cliente, analisa e planeja sua produção, estabelecendo prazos;
- A saída ou produção (output), que reúne a criação e os processos gráficos.
Processos de impressão
Como dito anteriormente, é importante para a direção de arte, o produtor gráfico e o arte-finalista conhecer as características dos processos de impressão e acabamento. Com esse conhecimento, é possível compensar algumas variáveis do processo na construção dos arquivos e, com isso, garantir que o material aprovado pelo cliente esteja dentro de padrões de qualidade. O profissional que acompanha a produção e avalia qualidade na gráfica em favor do cliente e da agência é o produtor gráfico.
Como as cores são produzidas?
Para imprimir qualquer material colorido, temos de separar e decompor as cores que enxergamos em uma linguagem que a máquina consiga imprimir. Para isso, utilizamos a separação de cores em pequenos pontos, chamados de retícula. Quanto menor o ponto, maior nitidez terá a imagem e, assim, melhor será a sua qualidade. Veja a figura comparativa a seguir.
A reticulagem é uma grade de distribuição de pontos em um espaço que permite a impressão de uma imagem. Sem retícula, não há impressão de meios-tons.
A separação de cores só é possível por meio do fotolito no meio analógico, confecção automatizada da fôrma de impressão (CTP) ou via impressão digital. Existem diversos tipos de retículas utilizadas pelas gráficas. Quanto maior o nível tecnológico da gráfica com o uso de CTP e impressoras automatizadas, melhor será o seu uso.
É importante para a direção de arte e produção gráfica conhecer essas tecnologias, para propor soluções de comunicação com maior qualidade. Imagine um catálogo de joias. Quanto menor o ponto de retícula, maior será a nitidez dos detalhes das imagens. Existe uma retícula chamada de estocástica, que permite o uso de pontos bem menores se comparados aos de modelos tradicionais de retícula. Veja o comparativo a seguir.
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Comparativo entre tipos de retículas. |
A retícula será gravada numa fôrma de impressão. A fôrma é a imagem dos conteúdos a serem impressos (textos, imagens, gráficos, fotos), normalmente constituída de chapa, material polímero. Em geral, a fôrma é entintada com as cores CMYK.
SISTEMAS DE IMPRESSÃO
Tipografia
Antigamente, a impressão era feita por meio da xilogravura, que é o entalhe em madeira. O que se desejava reproduzir era entalhado por artesãos.
É atribuída a Gutenberg a descoberta do tipo móvel. Ele observou o que aconteceria se as letras entalhadas da xilogravura estivessem separadas e remontadas para formar novas palavras. Essa “descoberta” ocorreu por volta do ano 1440, mas foi em 1450 que ocorreu a repercussão do assunto. Gutenberg associou-se a Johannes Fust, que financiou o projeto, e então foi produzida a famosa Bíblia de 42 linhas, que ainda hoje pode ser encontrada em vários museus pelo mundo ou nas mãos de colecionadores particulares, de preço incalculável. Com a associação a Petter Schöffer, desenvolveram o tipo móvel de metal.
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Tipo móvel de metal |
Depois desse período, a tipografia passou a se desenvolver, até se tornar o principal processo de impressão no mundo. Entretanto, com o avanço da litografia (offset) e outros processos, como a encavografia (rotogravura), pouco a pouco a tipografia foi perdendo lugar.
Apesar do grande desenvolvimento dos diversos processos de impressão (principalmente a digital e offset), muito se falou sobre o desaparecimento da tipografia, que ainda não ocorreu por completo.
Possivelmente, por ser um investimento relativamente baixo ter uma tipografia e por ainda ser mais compensador fazer notas fiscais por esse processo, é que ele sobrevive. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF), existem aproximadamente vinte mil empresas gráficas no Brasil, sendo que 97,6% têm até 100 empregados. A maioria é de offset, mas também possuem uma ou mais máquinas tipográficas. Veja outros dados de 2018 da indústria gráfica brasileira, apresentados no levantamento feito pela ABIGRAF.
Características do processo de impressão tipográfica:
- Fôrma em alto relevo de metal ou fotopolímero (clichê ou tipo móvel).
- Impressão direta.
- Tinta pastosa de secagem lenta por penetração no substrato e oxidação.
- Limitação quanto ao substrato para impressão: somente papel e derivados.
- Campo de utilização: notas fiscais, formulários, cartão de visitas, cartões de festividades.
Serigrafia
A patente da serigrafia é de 1907, requerida por Samuel Simon. No entanto, antes desta época, ela já era praticada pelos chineses. A serigrafia também é conhecida como silk screen. Utiliza matriz vazada, constituída de uma tela de tecido plástico ou metálico, onde as áreas de contra-grafismo são vedadas. Com uma racle de borracha (uma espécie de rodo), a tinta é forçada a passar pelas áreas de grafismo, transferindo a imagem para o substrato.
- Fôrma permeográfica constituída de tecido, a tinta passa pelos vãos entre os fios da trama.
- É caracterizado como impressão direta.
- Tinta semilíquida e normalmente de secagem rápida, por evaporação e/ou polimerização.
- Dependendo da aplicação, o tipo de tinta e secagem variam.
- Praticamente não tem limites quanto a substratos para a impressão.
- Campo de atuação: estamparias em geral, embalagens plásticas rígidas (exemplo: frascos plásticos de desodorante), sacolas plásticas, caixa de pizza, brindes, sinalização, verniz etc.
- Imprime praticamente em qualquer tipo de suporte (papel, plástico, vidro, parede, metal, papelão, fórmica, tecido, borracha).
Tampografia
A tampografia é um dos mais versáteis sistemas de impressão. A imagem é transferida para o substrato a ser impresso por meio de uma peça de borracha de silicone, também chamada de tampão, que se amolda a substratos não planos. O clichê é uma placa de aço temperado com dureza e planicidade elevadas. Sua superfície é retificada até alcançar baixa rugosidade. Depois é aplicada uma emulsão fotossensível na superfície da placa que receberá a imagem, ela será revelada e, por fim, gravada com produto químico corrosivo, que deixará a imagem em baixo-relevo (entre 25 e 35 mícrons de profundidade). A primeira máquina de impressão em tampografia foi construída por volta de 1970. No vídeo abaixo é possível compreender o processo tampográfico.
Características do processo de impressão em tampografia:
- Fôrma plana metálica com gravação em baixo relevo.
- Impressão indireta.
- Tinta semilíquida de secagem rápida (assim como na serigrafia, a tinta de tampografia pode variar em função do substrato a ser impresso).
- Não possui limitações quanto ao substrato. Devido ao tampão, podem-se imprimir desde cartões de visitas até um ovo de galinha.
- Campo de atuação: teclas e painéis de aparelhos eletrônicos, canetas, chaveiros, mostrador de relógios, brindes, brinquedos etc.
Offset
Depois de um longo período da utilização do sistema de impressão tipográfica e suas variantes (xilogravura e calcografia), surgiu, por volta de 1796, por Alois Senefelder, a impressão litográfica. Tendo em vista o processo que era utilizado, que envolvia uma preparação química da matriz (que, por sua vez, era uma pedra), o processo foi denominado (por volta do ano de 1804) do grego lithos (pedra) e grafe (escrever).
Por volta de 1900, um operário russo chamado Rubel Yra, que trabalhava numa litografia de Nutley, New Jersey (EUA), desenvolveu e apresentou uma máquina de concepção totalmente nova. Ela trazia comparativamente um melhor resultado, visto que usava um cilindro de borracha para transferir a tinta para o papel (portanto, a impressão era indireta), o que permitia também que fossem reproduzidas imagens sobre papéis de superfície irregular.
Também foi importante o fato de que não se usaria mais a pedra, mas sim uma chapa de zinco gravado, tendo o mesmo princípio da pedra que repelia a água na área de grafismo. Depois de Rubel, vieram aperfeiçoamentos, como os de Gaspare Hermann, cuja inovação na máquina foi a inserção de dois cilindros de diâmetros diferentes. Atualmente, a chapa offset é de alumínio e, em alguns casos, não são necessários produtos químicos para a revelação.
O processo de impressão em offset é largamente utilizado para a reprodução de catálogos, jornais, revistas, metalgrafia (latas) e impressos em geral relacionados com substratos porosos (absorventes), fator este importante, visto que a tinta de offset, à base de óleos vegetais, não seca por evaporação e sim por oxidação. A exceção é feita quando se imprime sobre latas e plásticos, que necessitam de uma tinta ultravioleta.
A impressão offset pode ser plana (folhas) ou rotativa (bobina), sendo esta última para maiores tiragens e velocidade (jornais e revistas).
Características do processo:
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Impressão offset rotativa (bobina) |
Características do processo:
- Fôrma metálica plana (sem relevo), normalmente uma chapa de alumínio anodizado.
- Sistema de impressão indireto.
- Tinta pastosa e de secagem por oxidação e penetração no substrato.
- Limitação quanto aos substratos para impressão (em geral materiais absorventes como o papel).
- Campo de atuação: revistas, jornais, livros, cartonagem, catálogos, embalagens, etiquetas, tabloides.
Rotogravura
A patente de uma máquina de rotogravura foi requerida em 1784, por Thomas Bell, mas o primeiro projeto de um equipamento rotativo veio somente em 1860, por Karl Klic.
A impressão é direta pois não existe intermédio entre o papel e a imagem gravada no cilindro, tem alta velocidade de impressão, com possibilidade de impressão frente verso e imprime todas as cores em apenas uma passagem.
Na Rotogravura, a impressão aplica quantidade de tintas em diferentes partes do impresso. Isso é possível graças à gravação de células em um cilindro revestido com cobre e cromo. A gradação das tonalidades da imagem é determinada pela profundidade das células: as profundas contêm mais tinta, assim imprimem tons mais escuros; as rasas, com menos tinta, resultam em tons mais claros. Depois de ser gravada no cilindro revestido com cobre, a imagem é recoberta com cromo para dar maior durabilidade.
A impressão é direta pois não existe intermédio entre o papel e a imagem gravada no cilindro, tem alta velocidade de impressão, com possibilidade de impressão frente verso e imprime todas as cores em apenas uma passagem.
Na Rotogravura, a impressão aplica quantidade de tintas em diferentes partes do impresso. Isso é possível graças à gravação de células em um cilindro revestido com cobre e cromo. A gradação das tonalidades da imagem é determinada pela profundidade das células: as profundas contêm mais tinta, assim imprimem tons mais escuros; as rasas, com menos tinta, resultam em tons mais claros. Depois de ser gravada no cilindro revestido com cobre, a imagem é recoberta com cromo para dar maior durabilidade.
Características do processo de impressão em rotogravura:
- Fôrma cilíndrica metálica com gravação em baixo relevo.
- Impressão direta.
- Tinta líquida de secagem rápida por evaporação dos solventes.
- Matriz durável para altas tiragens (cerca de dez milhões de cópias).
- Imprime sobre qualquer tipo de substrato, desde que seja flexível (papel, alumínio, PE, PP, PET, celofane etc.).
- Campo de aplicação: editoriais periódicos (miolo de revista), embalagens (flexíveis e semirrígidas) e diversos (papel presente, papel de parede).
Flexografia
A história da flexografia começa no ano de 1920, quando o processo de impressão conhecido como Anilina foi introduzido nos EUA, com máquinas importadas da Alemanha. Neste país, o processo foi denominado de Gummiodruck (impressão com clichê de borracha). Já na América, ele ficou conhecido por impressão anilina, devido aos corantes à base de Alquitran, da mesma família da anilina, que eram empregados como ingredientes na fabricação das tintas.
Em 1940, muitos convertedores estavam produzindo uma variedade de materiais para empacotamento, utilizando o processo Anilina. Contudo, havia uma objeção a respeito do nome anilina, uma vez que essa substância é derivada de Alquitran, que é um produto tóxico.
Assim, diversos compradores de materiais para embalagem de produtos alimentícios recusavam o sistema, por conta dos departamentos de saúde, que classificavam a impressão como tóxica. Os convertedores tentaram, então, mudar o nome do processo. Decidiram realizar uma pesquisa, em 1951, para encontrar um nome adequado. Muitos foram sugeridos, mas a mudança só ocorreu em 1952, no 14º Congresso de Embalagem. Lá, foi escolhido por voto o termo flexografia que passou a ser oficial e se espalhou rapidamente pelo mundo, acabando, portanto, com o problema dos principais convertedores de materiais para embalar alimentos.
É do antigo processo Anilina que se originou o nome anilox. Foi com a introdução do cilindro anilox, mecanicamente gravado, que se impulsionou a qualidade da impressão em flexografia.
Características do processo de impressão:
- Fôrma flexível de borracha ou fotopolímero, com gravação em alto relevo.
- Tinta líquida de secagem rápida por evaporação dos solventes.
- O clichê de fotopolímero pode durar, aproximadamente, um milhão de cópias boas.
- Imprime sobre qualquer tipo de substrato flexível e também papelão ondulado (papel, alumínio, PE, PP, PET, nylon, celofane etc.).
- Campo de aplicação: embalagens, rótulos, caixas de papelão, sacos, papéis de presente etc.
Impressão digital
Desde a descoberta do processo xerográfico, em 1937, pelo americano Chester F. Carlson, até os dias de hoje, muito desenvolvimento aconteceu. Pode-se definir impressão digital como o processo cuja fôrma não é física. A gravação da fôrma ocorre por meio de laser e é feita impressão por impressão. Por isso, o grande impacto da impressão digital está na personalização ou impressão de dados variáveis, utilizados largamente nas peças de marketing direto.
A impressão digital é o processo de impressão cujo grau de desenvolvimento encontra-se maior do que os demais sistemas. Pode ser à base de toner, cera ou tinta líquida. É usada para altas ou baixas tiragens, dependendo da aplicação, em impressão de até sete cores, dependendo do equipamento.
- Tempo reduzido de produção por não ter fôrma física.
- Impressão de pequenas tiragens.
- Impressão direcionada à audiência, por meio da personalização (marketing direto).
- Promoções personalizadas com impressão de dados variáveis.
- Publicações sob demanda, ou seja, imprime-se o que necessita para aquele momento.
- Impressão de grande variedade de materiais.
- Impressão em grandes formatos, como backlight, frontlight, outdoor, banners para PDV, eventos, envelopamentos (exemplo no vídeo abaixo) etc.
PAPEL
O papel é o substrato mais utilizado nos trabalhos de comunicação na mídia impressa e pode ser o artifício que o diretor de arte tem para enobrecer o material gráfico ou até mesmo fazer parte da criatividade. Certa vez, um diretor de arte precisava fazer um convite para um evento de profissionais de marketing. O objetivo principal do evento era a criatividade em marketing. O evento aconteceu justamente durante o lançamento do filme Era do Gelo e o tema do evento era justamente quebrar o gelo. A ideia foi criar um convite e congelá-lo em um cubo de gelo. O diretor de arte acionou o produtor gráfico para que este descobrisse como viabilizar a ideia e encontrar um papel que tivesse resistência à água. Podemos perceber, dessa forma, que o papel também é recurso de criação.
Entende-se por substrato de impressão a base pronta para receber impressão em sua superfície. Ou seja, qualquer material em que se possa imaginar algo impresso. Como exemplo de outros tipos de suporte de impressão, tem-se: plástico (embalagens), tecido (camisetas, lençóis), vidro (garrafas), acrílico, borracha, metal, cerâmica.
No Brasil, temos basicamente dois tipos de máquina impressora de folha inteira:
- 77 x 113 cm;
- 66 x 96 cm.
Formatos-padrão de papéis (folha inteira):
- série A: 841 x 1189 mm;
- série B: 1000 x 1414 mm;
- série C: 917 x 1297 mm.
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Papel Séria A - Especificação de cortes e tamanhos em milímetros |
Gramatura
Gramatura é o peso do metro quadrado de uma folha de papel (g/m²). Quanto maior a gramatura, mais encorpado é o papel. Sua escolha depende do tipo de projeto gráfico. Por exemplo, para a criação de cartazes, recomenda-se uma gramatura aproximada de 300 g/m², pois esse material ficará exposto por algum tempo no ponto de venda, o que exige um papel mais resistente.
Lisura, aspereza e porosidade
Para o processo de produção de impressos, quanto menos áspero (ou mais liso) for o papel:
- melhor será a qualidade de impressão;
- maior a economia de tinta;
- melhor o resultado de aplicação de acabamentos.
Independente da aspereza, todo papel é poroso, isso é o que permite que a tinta penetre no papel e auxilie na secagem. Para exemplificarmos, o papel-jornal é muito poroso, enquanto o couché é pouco.
Brancura e alvura
Brancura do papel é a quantidade de branco que o papel possui. Já a alvura é a quantidade de azul que o papel possui.
Brancura do papel é a quantidade de branco que o papel possui. Já a alvura é a quantidade de azul que o papel possui.
Opacidade
Mede o quanto o papel é opaco ou resistente à passagem de luz. Quanto maior seu valor, mais opaco é o papel.
ACABAMENTO GRÁFICO
ACABAMENTO GRÁFICO
Acabamento é toda e qualquer interferência no material depois da impressão, seja para melhorar a estética, a praticidade, a resistência ou a eficácia do impresso. Qualquer material, depois de impresso, sofre algum tipo de acabamento: refile, plastificação, laminação com verniz de reserva ou encadernação. Abaixo seguem alguns exemplos de acabamento gráfico.
Dobra
Muitas vezes, o material, além de refilado, também é dobrado por uma máquina. É utilizada em: folhetos, malas-diretas autoenvelopáveis etc.
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Acabamento dobra |
Refile
É o acabamento mais simples que existe, no qual uma guilhotina elimina os excessos de papel que não devem constar no produto final. É utilizado em: panfletos, flyers, cartas, cartões etc.
Refile trilateral
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Acabamento refile |
Refile trilateral
É utilizado em editoriais – corta apenas três lados do impresso, mantendo o lado da lombada, sendo empregado em revistas e livros. Apesar de o jornal ser um editorial, não recebe refile trilateral, pois sai pronto e acabado da máquina de impressão, que possui acabamento em linha (o nome desse acabamento é Rimalina).
Corte e vinco (faca especial)
Quando um impresso tem forma diferenciada, em que os lados são diferentes, há necessidade de uma faca especial que faça esse corte, que pode ter qualquer forma que o projeto necessite. É um procedimento utilizado em embalagens, cartuchos, folhetos especiais etc.
É a intercalação de folhas para prevalecer a ordem correta das páginas. É utilizado em notas fiscais de várias vias, catálogos, folhetos de várias páginas grampeadas.
Encadernação
Tem a função de manter todas as folhas de um trabalho organizadas. Há vários tipos de encadernação: espiral, wire-o, canaleta, com capa dura (livros), lombada canoa, lombada quadrada (que pode ser costurada ou colada).
Verniz total (proteção)
É a camada protetora para o material impresso, aplicada normalmente na própria impressora offset. Pode ter acabamento brilhante, fosco, texturizado e aromatizado.
Verniz de reserva
Privilegia uma área definida do material impresso. Normalmente, é aplicado em uma foto, texto ou algum detalhe do impresso. Tem intensidade mais forte que o de proteção. Pode ter acabamento brilhante, fosco, texturizado e aromatizado.
Aumenta sensivelmente a resistência de um impresso, além de dar um aspecto mais luxuoso ao trabalho. Pode ter acabamento brilhante, fosco ou texturizado.
É utilizado para realçar algum detalhe existente no material impresso, trabalhando com alto relevo. Normalmente não tem cor (não é uma regra).
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Cartão de visita com relevo seco |
Relevo americano
Também conhecido como termografia, é um relevo alcançado com uma tinta especial em uma camada espessa sobre o papel. Depois de impresso, a tinta ainda úmida recebe um pó que, ao obter calor, faz com que a tinta fique “inchada”, gerando o alto-relevo. É utilizado em cartões de visita, convites de casamento.
Hot stamping
É a aplicação de uma película de cor metálica sobre o papel por meio de calor, ressaltando o detalhe desejado.
Saiba mais...
Como são feitas as impressões das cédulas de real? Acesse os links abaixo para acabar com a curiosidade.
REFERÊNCIAS
CÉSAR, Newton. Direção de arte em propaganda. Brasil: SENAC Distrito Federal, 2013.
COLLARO, Antonio Celso. Produção gráfica: arte e técnica da mídia impressa. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2007.
LUPTON, Ellen; PHILLIPS, Jennifer Cole. Novos fundamentos do design. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
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Aplicação de Hot stamping dourado |
Saiba mais...
Como são feitas as impressões das cédulas de real? Acesse os links abaixo para acabar com a curiosidade.
- Casa da moeda Casa da Moeda mostra como fabrica dinheiro.
- Casa da Moeda do Brasil - Departamento de Cédulas.
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CÉSAR, Newton. Direção de arte em propaganda. Brasil: SENAC Distrito Federal, 2013.
COLLARO, Antonio Celso. Produção gráfica: arte e técnica da mídia impressa. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2007.
LUPTON, Ellen; PHILLIPS, Jennifer Cole. Novos fundamentos do design. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
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